Testosterona na mulher x libido

 em Endocrinologia

A sexualidade feminina é complexa e não somente relacionada a hormônios, como a testosterona. Fatores psicossociais como cultura, crenças religiosas, autoestima, depressão, traumas sexuais, tipo de relacionamento afetivo, doenças e o uso de alguns medicamentos também influenciam a sexualidade feminina.

Para que o diagnóstico da perda do interesse nas relações sexuais seja feito, é necessária a presença de pelo menos três destes critérios:

1. Atividade sexual reduzida ou ausente;
⠀⠀⠀⠀
2.Ausência ou Redução de fantasias sexuais;
⠀⠀⠀⠀
3. Ausência de iniciativa em iniciar atividade sexual e falta de receptividade a iniciativa do parceiro;
⠀⠀⠀⠀
4. Ausência ou redução de excitação durante a atividade sexual em cerca de 75 a 100% das vezes;
⠀⠀⠀⠀
5. Ausência ou redução de excitação em resposta a estímulos eróticos – escritos, verbais ou visuais;

6. Ausência ou redução de sensações genitais e não genitais em 75 a 100% das relações sexuais.

Esses três critérios precisam estar presentes no mínimo por 6 meses e devem causar angustia à paciente. A presença desse quadro é classificado como Transtorno do Interesse/Excitação Sexual Feminino e seu diagnóstico é realizado com base nos sintomas apresentados.
Ao contrário do que muitos imaginam, a dosagem de testosterona não está indicada para o diagnóstico do quadro.
O uso de testosterona pela mulher não está aprovado no Brasil e não
existem medicamentos fiscalizados por órgãos de vigilância sanitária (ANVISA) aqui disponíveis.
Seu uso, sem indicação e com medicamentos inadequados, pode levar a efeitos a curto e a longo prazo, como acne, excesso de pelos, queda de cabelo, aumento do risco cardiovascular, engrossamento da voz, aumento do clitóris, além de dependência psicológica, que pode provocar depressão após a retirada, transtorno da imagem corporal (dismorfofobia, vigorexia) e transtornos alimentares (ortorexia).

Postagens Recentes

Deixe um Comentário

Comece a digitar e pressione Enter para pesquisar