PROCEDIMENTOS

Cirurgia Bariátrica e Metabólica

A Cirurgia Bariátrica e Metabólica está consolidada como um tratamento eficaz contra a obesidade grave. O avanço de técnicas e tecnologias levou a especialidade a se tornar uma alternativa segura e eficiente não só contra a obesidade, mas também contra doenças associadas como diabetes, hipertensão e outras agravadas pelo excesso de peso.

Bypass Gástrico

O tratamento da obesidade pode ser realizado utilizando-se algumas técnicas cirúrgicas e, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, a técnica mais utilizada no Brasil atualmente é o Bypass Gástrico (palavra originada do inglês e que significa desvio).
Esta intervenção cirúrgica consiste na criação de um pequeno reservatório gástrico por meio do grampeamento do estômago e também é realizado um desvio no intestino. O Bypass Gástrico desempenha um papel importante na secreção de hormônios relacionados à fome, diminuindo o apetite e aumentando a saciedade, o que auxilia na perda de peso.
Além de segura e eficaz no tratamento da obesidade esta técnica também auxilia no controle do diabetes. O procedimento dura em torno de 80 minutos e o paciente pode retomar suas atividades poucos dias após a cirurgia.

Sleeve

Outra técnica utilizada para o tratamento da obesidade é a gastrectomia vertical, também conhecida como Sleeve. Este procedimento consiste na secção parcial do estômago do paciente; o corte é feito de maneira vertical e deixa o órgão em formato de tubo (semelhante a uma banana). Com a retirada do fundo gástrico o estômago detém um volume consideravelmente menor que o estômago normal e o procedimento também altera a liberação de hormônios que aumentam a saciedade e controlam os níveis de açúcar no sangue.
Não há uma resposta exata para a escolha da técnica a ser utilizada para tratar a obesidade, esta decisão é baseada nas condições de saúde do paciente e por meio de uma conversa franca ente paciente e cirurgião.

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Doença do refluxo gastro-esofágico

A doença do refluxo gastroesofágico é uma afecção crônica na qual o alimento ou líquido do estômago retorna para o esôfago causando irritação do órgão, o que proporciona sintomas como azia, regurgitação e, em casos mais graves, até mesmo tosse.
É decorrente de uma diminuição na pressão de fechamento de um músculo localizado na transição gastroesofágica que, normalmente, se abre para a passagem da comida e depois se fecha para evitar o retorno dos alimentos ou do suco gástrico.
O refluxo é bastante comum e, quando não tratado de forma correta, pode desencadear problemas mais graves e sérios desconfortos ao paciente.

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Hérnia de hiato

A hérnia de hiato é uma doença em que uma parte do estômago se projeta para dentro do tórax por meio de uma abertura no diafragma. Acomete, principalmente, pessoas acima de 50 anos e também pessoas obesas, já que a pressão exercida pela gordura abdominal é um dos fatores que desencadeiam a hérnia. Os sintomas são semelhantes aos do refluxo gastroesofágico (arrotos, queimação na garganta, azia, etc.) e o tratamento, muitas vezes, é cirúrgico.

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Úlcera gástrica e duodenal

Chamamos de úlceras pépticas as lesões que surgem na camada mais superficial da mucosa que reveste o estômago (úlcera gástrica) ou no duodeno (úlcera duodenal).

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Obstrução intestinal

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Doença diverticular

Divertículos são “pequenos sacos” que surgem na parede do intestino grosso podendo atingi-lo como um todo, principalmente o lado esquerdo em um segmento chamado sigmoide. O divertículo é formado por uma camada interna chamada mucosa e outra externa chamada serosa, ambas muito finas e próximas aos vasos que nutrem o intestino.
Chamamos de “diverticulose” a simples presença dos divertículos no intestino grosso. O seu aparecimento está relacionado à diminuição da ingestão de fibras na dieta e estima-se que aos 50 anos de idade metade da população, homens e mulheres, tenha divertículos assim como praticamente todos aos 80 anos. Os pacientes portadores de diverticulose são assintomáticos. Uma pequena parcela destes apresenta algum sintoma, principalmente dor abdominal e mudança no hábito intestinal, passando a apresentar a “doença diverticular”.
Com a progressão da doença alguns pacientes podem apresentar uma infecção nos divertículos chamada de “diverticulite” e esta é a complicação mais comum da doença diverticular. A suspeita de um quadro de diverticulite ocorre quando o paciente apresenta febre, mal estar geral, dor permanente no abdômen e parada do funcionamento intestinal devendo, então, procurar atendimento médico imediato.

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Inflamação do pâncreas (pancreatite)

Chamamos de pancreatite a inflamação do pâncreas, glândula localizada no abdômen superior, e que tem como principais funções fazer a digestão das gorduras e carboidratos que ingerimos usando o suco pancreático (substância que contém enzimas digestivas) e produzir os hormônios insulina e glucagon.
A pancreatite pode ocorrer de forma aguda ou crônica e o principal causador da doença são os cálculos biliares (massa pequena e sólida que é formada a partir de bile na vesícula).
O pâncreas e a vesícula biliar se ligam pelo ducto biliar, através do qual a bile e outras enzimas digestivas passam durante a digestão, estes cálculos podem criar inflamação do ducto biliar e no pâncreas (pancreatite).
Outro fator que pode contribuir para a pancreatite é o alcoolismo.

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Apendicite aguda

A apendicite aguda é a inflamação do apêndice, um pequeno órgão situado no lado direito do abdômen que está em ligação com o intestino grosso, e ocorre quando o apêndice é bloqueado repentinamente por algum motivo, principalmente por fezes, tendo como principal sintoma a intensa dor do lado direito do abdômen.
A apendicite é uma doença grave e tem sempre tratamento cirúrgico, dado que  o apêndice deve ser retirado evitando, assim, a apendicite supurativa, que é quando o apêndice se rompe e bactérias invadem a cavidade abdominal. Este quadro é extremamente grave e pode desencadear complicações e levar ao óbito.

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Hemorragias digestivas

A hemorragia digestiva surge quando aparece sangramento em algum local do sistema digestivo, podendo ser classificada em dois tipo principais: hemorragia digestiva alta (quando os locais do sangramento são o esôfago, o estômago ou o duodeno) ou hemorragia digestiva baixa (quando o sangramento ocorre no intestino delgado, grosso ou reto).

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Tumores benignos e malignos do trato digestivo

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Balão Intragástrico

O balão intragástrico, ou tratamento endoscópico da obesidade, é uma técnica que consiste na colocação de um balão de silicone extremamente resistente no interior do estômago para diminuir a capacidade interna gástrica e, assim, provocar a saciedade.
Trata-se de um procedimento não cirúrgico realizado por endoscopia, em que o balão é colocado no estômago e depois é preenchido com soro fisiológico. Este procedimento é bastante rápido e feito com sedação na sala de endoscopia digestiva.
O balão é preenchido com 500 ml de líquido azul, chamado de azul de metileno e que, em caso de vazamento ou rompimento, será expelido pela urina que ficará com a cor verde ou azul clara. O paciente poderá ficar com o balão por um período médio de seis meses a um ano (dependendo do fabricante). É indicado para pacientes com sobrepeso e que não possuem indicação de cirurgia ou para os superobesos (IMC acima de 60) que estejam no pré-operatório. É importante ressaltar que este é apenas um tratamento auxiliar, não uma cirurgia, e deve ser temporário. Diferente da cirurgia bariátrica, o balão não provoca mudanças fisiológicas e hormonais capazes de controlar as doenças associadas à obesidade, como diabetes. Desta forma, o procedimento não terá resultados duradouros se, paralelamente, os hábitos alimentares e o estilo de vida do paciente não forem alterados.

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