Pedras na vesícula e cirurgia bariátrica

 em aparelho digestivo

A colelitíase (as conhecidas pedras na vesícula) é ocasionada por alterações na cascata do metabolismo das bilirrubinas, resultando no surgimento de cálculos no interior da vesícula. Estima-se que esta doença acometa cerca de 50% dos pacientes após a cirurgia bariátrica, enquanto a incidência na população adulta em geral é de cerca de 10,5%. Isto ocorre pelo fato de que a obesidade é um fator de risco para o surgimento de diversas doenças metabólicas que estão, por sua vez, diretamente relacionadas à formação dos cálculos biliares.
Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM), cerca de 30% dos pacientes submetidos à cirurgia bariátrica poderão ter a indicação de colecistectomia (retirada da vesícula) por colelitíase nos três primeiros anos de pós-cirúrgico. O tratamento para a colelitíase é cirúrgico, feito por videolaparoscopia (cirurgia por vídeo) e, quando realizado por equipe médica capacitada e bem treinada, apresenta baixos riscos de complicações ou de morte. O paciente que é submetido a tal procedimento apresenta uma excelente recuperação clínica, com alta hospitalar precoce, baixa incidência de dor pós-operatória, baixos índices de infecção e retorno precoce às suas atividades do cotidiano.
Quando os cálculos são diagnosticados ainda nos exames pré-operatórios da cirurgia bariátrica é possível que os dois procedimentos sejam realizados simultaneamente, caso o paciente já esteja sentindo dor e outros sintomas. Já nos casos em que o paciente é diagnosticado mas não apresenta sintomas, realiza-se a cirurgia bariátrica e a colecistectomia em um segundo momento.

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